Síndrome de Edwards, também conhecida como trissomia 18, é uma alteração genética que acontece quando o bebê nasce com um cromossomo a mais no par 18.
Em vez de dois, o bebê tem três cromossomos 18, o que causa uma série de mudanças no desenvolvimento físico e orgânico.
Essa alteração ocorre ainda na formação do embrião e, na maioria dos casos, não tem relação com o que a mãe ou o pai fizeram ou deixaram de fazer.
É algo que simplesmente acontece — uma questão genética, não uma escolha, nem um erro.
Como a Síndrome de Edwards afeta o bebê?
Os bebês com Síndrome de Edwards podem apresentar características físicas específicas e malformações em alguns órgãos, como o coração, os rins e o sistema nervoso.
Alguns sinais podem incluir:
- Baixo peso ao nascer
- Cabeça e mandíbula menores que o normal
- Dedos sobrepostos
- Dificuldades para respirar e se alimentar
- Alterações no coração ou pulmões
Mas é importante lembrar: cada bebê é único. Há casos mais graves e casos mais leves — e a medicina tem avançado muito em entender essas diferenças.
Existem diferentes tipos da Síndrome de Edwards
Nem todos os casos são iguais.
Os médicos classificam a trissomia 18 em três formas principais:
- Trissomia total: o cromossomo extra está em todas as células (forma mais comum e mais grave).
- Trissomia mosaico: o cromossomo extra aparece apenas em algumas células. Nesses casos, o bebê pode ter um desenvolvimento mais leve.
- Trissomia parcial: apenas parte do cromossomo 18 está duplicada — também podendo ter sintomas menos intensos.
Essas diferenças explicam por que alguns bebês vivem pouco tempo, enquanto outros conseguem crescer, se desenvolver e até frequentar a escola.
Diagnóstico e acompanhamento
O diagnóstico geralmente é feito ainda na gestação, através de exames como:
- Ultrassonografia morfológica
- Amniocentese (coleta de líquido amniótico)
- Teste genético (cariotipo)
Após o nascimento, o acompanhamento é essencial com uma equipe multiprofissional: pediatra, geneticista, cardiologista, fisioterapeuta e fonoaudiólogo.
O objetivo é oferecer conforto, estimular o desenvolvimento e dar qualidade de vida à criança.
Vidas que desafiam as estatísticas
Durante muitos anos, a Síndrome de Edwards foi descrita em livros médicos como “incompatível com a vida”.
Mas essa definição não corresponde mais à realidade.
Hoje, centenas de famílias no Brasil e no mundo têm mostrado que existem muitas crianças com trissomia 18 vivendo com amor, cuidado e propósito.
Algumas vivem dias, outras meses, e muitas vivem anos, contrariando o que a medicina tradicional costumava afirmar.
Um exemplo importante é o trabalho do perfil @sindromedoamor, criado por pais de crianças com trissomia 18.
Eles compartilham histórias reais, cheias de amor, fé e superação — mostrando que cada vida tem valor, independentemente do tempo.
Essas famílias lutam para mudar a forma como a síndrome é vista:
Não é incompatível com a vida. É compatível com o amor.
A Síndrome de Edwards é, sim, uma condição rara e desafiadora.
Mas ela não define o valor de uma vida.
Cada bebê que nasce com trissomia 18 tem algo único a ensinar — sobre coragem, entrega e amor incondicional.
A medicina precisa continuar evoluindo, mas também precisa aprender a ouvir as famílias e enxergar o que os diagnósticos não mostram:
há histórias, há aprendizado, há amor… e há vida.
“Enquanto houver amor, há vida — e toda vida merece ser respeitada.”
E que mais pessoas saibam: a vida desses bebês importa, e o amor é sempre compatível.